Quarta-feira - 21
/03/07
O Planeta pede respeito

Criador e criatura, em nome do progresso e graças à evolução da ciência e tecnologia, o homem tem feito o que quer da natureza. Usam ao máximo o que ela pode oferecer sem pensar em conseqüências. Águas poluídas, queimadas, desmatamentos e uma infinidade de atrocidades são cometidos diariamente e, em troca, o que a natureza tem recebido é a arrogância do ser humano. Em nome do fortalecimento e do enriquecimento de pequenas nações e grandes empresas, o meio ambiente tem estado à deriva.

Somos tão dependentes da natureza quanto a mais reles das bactérias. O grande problema é que pensamos que podemos tudo, que não, não vai piorar! Mas vai sim. E não precisamos pensar em longo prazo. O inferno na Terra já começou. É muito simples. Estamos caminhando rumo ao precipício e com nossas próprias pernas, o que talvez seja o pior. Sem planeta não há vida e sem vida, eu pergunto, de que adiantará tanta riqueza? A caso podem elas nos salvar?

É bom começar a pensar nisso. A previsão é de que haja um aumento médio da temperatura entre 1,8 e 4° C. O IPCC, fórum de cientistas vinculados à Organização das Nações Unidas, irá divulgar em Bruxelas, no dia 6 de abril e em Bangcoc, Tailândia, no dia 4 de maio, dois novos capítulos de seu relatório, nos quais irá abordar os impactos das mudanças climáticas, as formas possíveis de adaptação, além das opções e cursos do combate ao aquecimento. O planeta pede respeito. Ninguém vê isso? Até quando seremos tão egoístas?

Enquanto o homem não tiver consciência dos limites da natureza e deixar de lado a visão dominante que nos trouxe até aqui, não teremos êxito. Seremos engolidos pelas crateras que nós mesmos criamos. Enquanto tivermos mentes dominadas e assentirmos com atitudes de países como os Estados Unidos, que sozinho “gastam cerca de 1 bilhão de dólares por dia em armamentos e se recusam a assinar o Protocolo de Kyoto para não reduzir seus enormes índices de poluição para todo planeta, mostrando ao mundo que coloca seus interesses econômicos acima dos interesses coletivos de toda humanidade”, nossa rota sobre a Terra estará comprometida.

O que está em jogo é o nosso próprio bem-estar e o das gerações futuras. Cabe aos governos e ao povo, que não sabe a força que tem nas mãos, tentar reverter essa situação. O planeta pede socorro.


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Patrícia Caldas é uma carioca que ama Belo Horizonte, mas não abre mão das lindas praias da cidade maravilhosa. Sua alegria está em escrever e gritar para os quatro cantos do mundo suas verdades. Além de ter esperanças de um mundo melhor, ser irônica e perspicaz, é jornalista. Escreve todas as quartas-feiras na coluna Diz Tudo. E-mail: p.jornalista@gmail.com

 
 

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