Faça a festa com vodkas. Aqui há todas as cores e marcas da bebida. No mercado encontra-se desde aquelas de maior qualidade, até autênticos "mata-ratos". Esta já não faz muito o meu gosto.
 

23/08/07
Aos turistas de plantão

Quando pensamos em compras no Azerbaijão, lembrando-o como um pais da ex-União Soviética, é certo que vem à cabeça três coisas: vodka, caviar e matrioskas. Efetivamente, em qualquer ponto da cidade, pode-se encontrar estes três produtos. Quando eu era crianca e morava no interior de Sao Paulo, minha cidade recebeu uma equipe gigante da Rússia para participar de competições esportivas. Jamais me esquecerei das feirinhas que eles fizeram, com muitas Matrioskas e algumas vodkas. Depois disso, ficou incutido na minha mente que isto era tipico daqui. As matrioskas formam parte do artesanato tradicional do talhado de madeira, muito tipica nestes paises do leste europeu. Pintados com alegres cores, principalmente o vermelho e o amarelo. Lembram bonecas em diversos tamanhos, e eu me divertia muito com isso, além de ser um formoso adorno para qualquer casa.

Já o caviar, vermelho ou preto, diga-se que antes daqui eu podia dizer que nunca havia visto ou comido, apenas ouvia falar, a exemplo da música de Zeca Pagodinho.Um importante detalhe para os que querem conhecer o caviar, é assegurar-se da sua qualidade.Eu, como marinheira de primeira viagem, comprei um artificial, horroroso. Que foi superado por um, digamos original, preto, divinamente saboroso.

Faça a festa com vodkas. Aqui há todas as cores e marcas da bebida. No mercado encontra-se desde aquelas de maior qualidade, até autênticos "mata-ratos". Esta já não faz muito o meu gosto. Alguns amigos não se conformam por eu estar no mundo das melhores vodkas e nao ter provado ainda uma delas. Já disse a todos que brevemente provarei para fazer uma matéria especifica sobre elas. Mas encomendas é’ o que mais tenho...

O artesanato daqui oferece uma mostra realmente impressionante, esplêndidos lacados sobre madeira em móveis e mesas ou em pequenas caixas de desenhos realmente bonitos, esmaltes de grande qualidade, miniaturas maravilhosas, peças de vidro ou delicadas porcelanas de acabamento perfeito. Menção aparte são as balalaikas, não é nome do vodka, como aí no Brasil. São instrumentos musicais de forma triangular. Aqui, quem conhece a cidade, também não pode deixar de conhecer os preciosos xadrezes de madeira, os chás bordados de alegres cores, os produtos realizados em pasta de papel. Como uma característica comum dos paises que se formaram após a dissolução da União Soviética, o Azerbaijão também destaca-se pela sua joalheria. Pode-se adquirir delicadas figuras de malakita, colares em prata ou em ouro, com brilhantes e pedras preciosas, braceletes de âmbar, broches de selenita e todo tipo de marfins. A muherada faz a festa.

A noite, a balada por aqui, ainda é uma novidade. Os tímidos bares abrem as portas para uma vida noturna calma e simples. A diversão dos azerinos está no ato de comprar, principalmente na capital Baku. Mas é no interior é que se percebe como há muita gente distante dos avanços do século XXI. A maioria resistente a qualquer mudança que ameace as tradições, permanece em suas comunidades e deixam que o capitalismo se restrinja a Baku, que se tornou o centro de compras de todo o país.

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Aline Orlando Ramim, é paulista, casada, brasileira, e nao desiste disto. Sonhadora, vive atualmente em Baku, logo ali no Azerbaijão, na região da antiga União Soviética onde está conhecendo e vivendo coisas que jamais imaginaria. Aline é curiosa ao extremo, mas não é egoísta, por isso compartilha suas curiosidades todas as quintas-feiras aqui.
Fale com ela: alineorlando@hotmail.com


   
 
 

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