|
|
||||
|
|||||
O início do segundo mandato do presidente Lula está sendo marcado pela mobilização da chamada coalizão em prol do governo federal. Com uma base aliada forte, contando, sobretudo, com o apoio do PMDB, os governistas esperam colocar a máquina para funcionar, com a ampla adesão do Congresso Nacional. Mas uma situação que chama a atenção é o papel da oposição, fundamental para fiscalizar e cobrar os governos nos regimes democráticos. O bloco comandado por PFL e PSDB parece não ter um caminho muito definido neste momento. Políticos pefelistas buscam um alvo, um norte, e tentam, a todo custo, instaurar a CPI do “apagão aéreo”. Desde a vitória de Lula no fim do ano passado, a união entre PFL e PSDB parece ter sido abalada. Logo após as eleições, alguns caciques pefelistas falaram em romper a coligação. Nos próximos pleitos, as duas legendas devem ter candidatos próprios. E já foi possível perceber que algo não anda bem no bloco oposicionista na recente eleição para a presidência do Senado. O PFL lançou a candidatura do senador potiguar José Agripino. Na disputa com o atual presidente da casa, o peemedebista Renan Calheiros, Maia obteve menos votos do que a soma dos senadores do bloco PFL/PSDB. O candidato derrotado se mostrou indignado por ter sido atingido pelo chamado fogo amigo. Além disso, o Partido da Frente Liberal entrou em um momento que pode ser traduzido como uma espécie de reciclagem, para definir rumos e metas. A legenda deve ser trocada para PD, Partido Democrata. Por outro lado, o PSDB também vai buscar redefinir seu papel nos próximos anos do governo Lula. Após ser repreendido por um dos principais expoentes tucanos, FHC, que condenou o apoio do partido ao petista Arlindo Chinaglia, na disputa pela presidência da Câmara, o Partido da Social Democracia Brasileira fará uma reunião. O encontro deverá acontecer tão logo Fernando Henrique Cardoso regresse dos Estados Unidos, onde ministra um curso. Como já foi dito, em regimes democráticos, é fundamental o papel fiscalizador dos oposicionistas, para evitar e coibir abusos de quem governa. Mas essa oposição deve ser feita de maneira coerente e responsável. Na prática, isso pouco acontece. Espera-se que PFL e PSDB, maiores bancadas oposicionistas, definam o caminho a seguir e colaborem com as melhorias de que o Brasil tanto necessita.
|
|||||
|