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É inegável que, no momento, o grande objetivo de todos os partidos políticos seja o pleito presidencial de 2010. Mesmo com as eleições para prefeitos e vereadores no próximo ano, as legendas, apesar de não admitirem, já articulam alianças e estudam possíveis candidatos a serem indicados desde agora. Dizer que é muito cedo para se pensar 2010 é chover no molhado. Qualquer projeto partidário feito neste momento pode cair por terra, haja vista a dinâmica política e outros fatores, como escândalos, que arruínam carreiras. Mas é preciso tecer algumas considerações sobre fatos ocorridos na cena política nacional nos últimos dias. Vamos a eles. Há cerca de duas semanas, Ciro Gomes, deputado federal pelo PSB-CE, o mais votado naquele estado nas últimas eleições, fez uma visita a seu colega de partido, o também deputado federal Renato Casagrande-ES, que é líder da legenda. Ao ser perguntado pelos jornalistas se o motivo da visita seria um início de entendimentos para que o deputado cearense concorra à presidência no próximo pleito, Ciro Gomes desconversou. Em um tom muito mais tranqüilo do que o habitual, ele disse: “de maneira alguma. Ainda é muito cedo para pensarmos nisso”. Completou dizendo que o encontro com Casagrande era para tratar dos rumos do PSB. Outro fato interessante aconteceu na posse do reeleito presidente do PMDB. Quando questionado sobre se seu partido teria candidato próprio em 2010, Michel Temer-SP disse que faz parte de um bloco partidário, que decide o melhor nome em consenso. O fato é que o PT, que hoje encabeça a aliança à qual se refere o deputado paulista, não tem nenhum nome com condições de vencer a disputa presidencial. Daí, podemos presumir que o Partido dos Trabalhadores apóie alguma indicação de seus aliados. Qual seria o indicado? O PMDB tem muitos políticos influentes e conhecidos do grande público, mas nenhum nome de “peso”. Contudo, Sérgio Cabral, recém-eleito governador do Rio, tem recebido muitos elogios de jornalistas que cobrem política. Essa consolidação, claro, estará condicionada a seu desempenho, sobretudo no campo da segurança pública. Como já foi dito, o momento é de muitas especulações e poucas certezas. O silêncio dos partidos e de seus membros, no entanto, não impedirão apostas com base no cenário político atual, como vem sendo divulgado. Com base nessas projeções, talvez tenhamos uma disputa muito interessante. É possível que várias legendas fortes venham com bons candidatos, o que abrirá o leque de opções para o eleitorado brasileiro. Aguardemos pelos próximos acontecimentos.
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