|
|
||||
|
|||||
E de fato é. Quem nunca, após tomar umas a mais, se achou maior e mais forte do deveras é? Contudo, a polêmica surge quando indagamos se, com a proibição, os índices de violência irão reduzir. Na minha opinião não. E digo porque: sem a cervejinha, poderão ser evitadas, creio eu, apenas brigas isoladas nos estádios. Algo ínfimo perto do registrado nos boletins de ocorrência policial nos dias de jogos ou sobretudo dos não registrados. A medida é falha porque não se estende aos reais responsáveis: os membros das torcidas organizadas que, bêbados ou não, têm introjetados em si a cultura da violência. Primeiramente, gostaria de reconsiderar a afirmação anterior e procurar não generalizar. Com certeza há torcedores destas que não estão ali para brigar ou roubar. Porém, não há como questionar a ligação direta entre os mais graves casos registrados e as organizadas. Sempre que a violência nos campos torna à mídia, lá estão as organizadas. Como já dizia o chavão: com fatos não se discute. Dado isso, as ações para coibir a violência nos estádios deveriam ser nesse sentido: um maior controle sobre as torcidas. E a prova de que isso dá certo são as medidas adotadas na Inglaterra para conter os Hooligans. Não foi proibindo a tradicional cerveja nos estádios que os Hooligans pararam de bater. Há que se ter uma ligação mais estreita entre as autoridades e as torcidas, com registro dos integrantes, câmeras dentro e fora dos estádios para identifica-los e, sobretudo, punição para os baderneiros. A outra lamentável conseqüência da medida adotada em Minas foi a extenção da punição a quem não tem nada a ver com isso: pais de família, trabalhadores e jovens que, entre um gol e outro, curtem tomar uma cervejinha grupo este último no qual me encaixo.
|
|||||
|