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Um dia surgiu, brilhante Pairou sobre os edifícios Bom. Fitou Alice; ela apenas observava. Desconfiou que o maluco um tanto quanto mendigo fosse mesmo o músico, Gaetaninho do Teclado. E então, o que achou? Interessante. Com teclado seria melhor, João disse, dando passos à frente, querendo finalizar o papo. Instantes de silêncio. Romperam. Você não curte nada? Nada. Nada? Nada. Impossível. Nem cigarro? Nem. Só álcool. Só? Só. Nem remédio? Nem. O maluco um tanto quanto mendigo
desconfiou: com essa cara? Duvido. Nem ...? Nada, já disse.
E você?, perguntou erguendo a cabeça, virando-se
para Alice. O que? Também não curte nada? Curto.
O que? Tudo. Como assim tudo? Tudo. Não é possível.
Pois é. Tudo. À que você se refere? Tudo.
Abismou. Nós vamos indo sabe, queremos ficar juntos, escorando
a cabecinha no ombro e chora. Ah tá, entendi, já
passou da minha hora. Foi um prazer. Seria uma honra vê-los
apreciar Gaetaninho dos Teclados. Por estas bandas? Por aquelas;
apontou com o dedo. Farei o possível. Meneou a cabeça
e finalizou, muito agradecido, bom descanso pra vocês. Igualmente.
Desceram a rua de paralelepípedos; escorreu o braço
até a cintura dela. O aspecto maluco um tanto quanto mendigo
dobrou a esquina, preparou-se para atravessar a via. Não
deu. Antes de pisar a faixa de pedestres um terráqueo acelerava
o novo lançamento da moto que você compra em 187
parcelinhas. Deu um rasante. Aterrissou o maluco um tanto quanto
mendigo na capa do noticiário do dia seguinte ao sábado. Leia
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