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25/06/07
Anota outra boa banda nacional: Superguidis!

Recentemente no festival de música em Brasília, Porão do rock, ganhei CD de uma banda do RS, o Superguidis. O selo que a lançou, o Senhor F discos, é de lá da capitarrr. Inclusive, foi o Fernando Rosa (o senhor F!), que me entregou em mãos. Nisso, eu já havia visto os caras no palco. Estava curioso, porque no release do festival dizia "no ano passado o grupo foi considerado um dos 13 nomes do novo rock que realmente importam, além de 'Revelação 2006', pela revista Bizz".

[PS. Ouça agora enquanto navega a música “Ingleses não usam mullets”, rock ´n roll do bom, que não(!) está no disco aqui comentado (clique sobre o link segurando o botão SHIFT do teclado para abrir em outra janela e não atrapalhar sua leitura)]



Bate-papo em frente à saleta de coletivas

Depois da coletiva com o Superguidis ficamos eu + o colega Danilo do Jornal da Tarde Baiano, Adrian e o Lucas Pocamacho) trocando idéias sobre bandas nacionais, como o Moptop - que é mais "indizado" do que qualquer outra coisa, concordamos os quatro. Assim como a maioria, os gaúchos estavam ansiosos pra ver o Mudhoney na sala de imprensa. Eles trouxeram até presentes pros caras, um vinil (desconhecido po mim) e um disco deles, “pros caras ouvirem”, comentou o Adrian. E acrescentou em tom de humor, "já tenho a assinatura do Steve na camiseta (o guita do Mudhoney), agora só falta dos outros 3 pra emoldurar!".

Os gringos do Mudhoney, por sua vez, podem ser performáticos, muito bons no palco e no estúdio, mas só isso, talvez. Não conversaram com ninguém, alegaram cansaço e desencanaram da entrevista. Às 5 e 17 da manhã comentei na “rodinha”: "como assim cansados, eu tô aqui desde as 5 e pouco da tarde, os caras fazem um showzinho de 1 hora e meia e não falam com ninguém?". O Lucas respondeu, "é fóóóda, fazer o que?!...

Ouvindo o disco amarelo

Duzentos e sessenta horas depois, já no lar em Bauru, coloquei o CD do quarteto gaúcho pra tocar. Para minha surpresa deu vontade de ouvir de novo, principalmente por causa de riffs e refrões grudentos e cativantes. O forte é o instrumento de 6 cordas na mão do Lucas Pocamacho. Há verdadeiras" guitarradas" no disco todo, como a da faixa dois, “Malevolosidade” que te engana, dando a impressão de que vai acabar, mas o solo ressurge cheio de estilo. Outras como "As coisas que crescem na minha mão" e "Véio máximo" - que está presente no primeiro EP de cinco faixas da banda, de 2003, dão vontade de ouvir novamente e poderiam facilmente virar mania na MTV e nas FMs que tocam os hits do momento. Já numa pegada mais agressiva surgem “Spiral do Arco-Íris” e "Bolo de casamento", esta última, uma das melhores do disco.

O álbum de estréia segue numa toada rock, tipo Weezer, melodicamente bem elaborado, com levadas inteligentes e letras girando em torno de coisas e pensamentos “jovens” – tema também constante no segundo disco do Artic Monkeys, “Favorite Worst Nightmare”, lançado em abril deste ano.

Talvez vocês os ouçam tocar por aí, talvez não. Independentemente, o Superguidis é uma banda pra ouvir com atenção e observar onde eles irão parar.

Pitaco. O que pode ser acrescentado num próximo trabalho, sabe-se lá (afinal quem somos nós pra dizer?), é, além de “peso”, uns minutos a mais de jam session da banda, como na faixa que sugeri no início, digamos.

Mais:

Trama.

My Space.

Site oficial.


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Gabriel P. Ruiz é jornalista, reside em Bauru-SP, gosta de rock ´n roll e vive usando a desculpa de entrevistar as bandas para conhecê-las. É editor da Revista Ponto e Vírgula da web rádio Unesp Virtual, onde também produz o programa On the Rock!. Mais no seu blog (wwwggabrielruiz.blogspot.com). Escreve todos os domingos. E-mail: gabrielpruiz@yahoo.com.br

   
 
 

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