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O Longa 300, conta a batalha das Termópilas, grande episódio histórico das Guerras Médicas, em 480 A.C, e tem o Rei Espartano Leônidas (Gerard Butler) como líder da resistência, que diga-se de passagem, merece atenção neste fenomenal papel, que certamente o levará ao topo da lista de astros de Hollywood. Ver o audacioso Rei de Esparta, enfrentar com apenas 300 homens, centenas de milhares de soldados persas que tem como líder, o imponente Rei-Deus Xerxes (Rodrigo Santoro), é realmente de tirar o fôlego. O filme é um show de efeitos visuais, com cenas monumentais ao melhor estilo sandálias e espadas. O diretor de 300, Zack Snyder que veio do mercado publicitário e dos videoclipes, surpreendeu a todos, depois de ter refilmado um dos clássicos do terror, O despertar dos mortos de 1978, e agora ganhou todas as atenções adaptando uma das obras em quadrinhos mais cultuadas do mundo, a graphic novel 300 de Esparta, de Frank Miller. Todos nós sabemos que não é nada fácil agradar ao universo de aficionados em histórias em quadrinhos, mas Snyder, não deixa a desejar, melhor, ele refaz o gênero e reformula o conceito dos épicos em hollywood. Com closes e takes que mais parecem páginas da própria obra de Miller, o diretor consegue ser fiel ao primoroso cult das Hqs. Os filmes baseados em histórias em quadrinhos estão ganhando espaço, e vem quebrando o preconceito dos estúdios americanos, afinal, não é pra menos, tendo em vista as arrasadoras bilheterias mundiais sempre que as películas envolvem algo relacionado com as tão cultuadas Hqs, sejam elas do gênero super-heróis ou até mesmo épicas. Tudo neste filme parece surpreender, a riqueza visual é latente, e o roteiro possui uma narrativa que não se via há muito tempo nos cinemas, o filme parece causar emoções primárias, dando a sensação de termos sido transportados para a pungente Grécia central de 480 A.C. Depois de sua última obra adaptada para os cinemas - Sin City - Cidade do Pecado (2005), Frank Miller apresenta ao mundo um de seus mais belos trabalhos nas hqs, é empolgante ver cenas fieis que parecem ter sido copiadas em uma incrível transposição das folhas de papel para a tela de cinema. Outra grande e bem recebida surpresa é a atuação de Rodrigo Santoro (Rei-Deus Xerxes), que fica praticamente irreconhecível, tamanha é a qualidade da caracterização, sem falar na voz do ator, que foi alterada digitalmente para dar a sensação de um verdadeiro e imponente Rei-Deus do oriente. Santoro tem muitos diálogos, e representa de maneira grandiosa o Rei dos Persas. Snyder e seu co-roteirista Kurt Johnstad, seguem sua trilha, abrindo caminho em meio à crítica internacional, provando que o cinema também pode viver de quadrinhos. Com toda certeza Frank Miller deixou sua marca mais uma vez, e após ter dado nova cara ao universo quadrinístico de Batman, em O cavaleiro das Trevas, e modificar conceitos com Sin City, ele revoluciona tudo o que vimos até hoje, criando um verdadeiro épico, e ao melhor estilo espartano, Miller não conhece o significado das palavras derrota ou rendição e coloca os conhecidos Tróia e Gladiador definitivamente na segunda fila. Leia também:
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