Cuidar: Mumemo, bairro para as vitimas das cheias, em Marracuene, Moçambique

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Cuidar

Centro de Saúde

O Centro de Saúde foi uma das primeiras obras construídas no bairro, e teve o financiamento da ONG espanhola, de inspiração católica, denominada “Manos-Unidas”.

A Congregação fez um acordo de parceria com o Ministério da Saúde no qual o Ministério disponibiliza paga aos funcionários (2 enfermeiras, 2 serventes, 2 guardas e 1 jardineiro), dá os kits dos medicamentos e todos os materiais consumíveis, paga a energia eléctrica. A Congregação, como proprietária do Centro saúde, faz a sua gestão.

Tem uma enfermeira permanente de nível básico e uma enfermeira de SMI que é Irmã desta Congregação. Ambas são pagas pelo Ministério da Saúde de Moçambique.

Às segundas-feiras, (o dia de maior movimento), este centro de saúde chega a atender cerca de 250 pacientes.

Neste centro de Saúde, cada sector está devidamente equipado: dispõe de auto-clave de esterilização, geleira para vacinas e o restante equipamento usual.

Veja mais informações em: história.

Oferece os seguintes serviços:

Serviços Materno Infantis: Maternidade; Consultas Pré-natais; Ginecologia; Aconselhamento e testagem de mulheres grávidas; Consultas de crianças de 0 aos 5 anos; Consultas de crianças em risco; P.A.V. (Vacinação de grávidas e crianças); Planeamento Familiar; Testagem de HIV/Sida e Malária; Testagem porta-a-porta (ambulatória) de HIV/Sida
Enfermagem: Consultas de adultos; Tratamentos de tuberculoses; Injecções; Feridas

Gabinete de Aconselhamento e Testagem do HIV/Sida

Gabinete de Aconselhamento e Testagem do HIV/Sida.

A assistente (à dir.) e uma utente (à esq.) na sala de atendimento.

Neste bairro, existe uma grande população de jovens e adolescentes muitos dos quais estão desempregados ou sub ocupados, vivendo em famílias de muito baixo rendimento (considerado de pobreza absoluta). Estes factos colocam este segmento populacional (principalmente as raparigas) em situação de vulnerabilidade a aliciamentos por parte dos mais favorecidos.

A seroprevalência no sexo feminino deste bairro é de 40% contra os 25% do sexo oposto, sendo mais incidente nas mulheres mais jovens enquanto que nos homens se verifica maior incidência nos mais velhos e nas crianças menores de 5 anos.

Mumemo, o bairro 4 de Outubro, fica bem perto da principal estrada de Moçambique que liga o país de Norte a Sul, a Estrada Nacional Nº1. Este facto torna o nosso bairro exposto ao impacto negativo que este tipo de rodovias tem na propagação do HIV.

Este serviço, o "Gabinete de Aconselhamento e Testagem do HIV/Sida", tem um gabinete próprio no edifício do Centro Social, embora os seus técnicos se desloquem ao Centro de Saúde para realizar as testagens, a fim de terem as condições adequadas.

Este Gabinete dispõe de 2 funcionários permanentes e 26 activistas e é financiado pelas ONGs: CAFOD, FDC, e JHPIEGO.

Este gabinete iniciou as suas actividades no final de ano de 2006 e já beneficia milhares de pessoas.

HIV/Assistência a pessoas vivendo com o HIV/Sida (PVHS)

Serviços domiciliários aos doentes.

Ambulância que leva diariamente os doentes aos vários hospitais.

Festival para as Pessoas vivendo com o HIV/Sida: almoço.

Festival para as Pessoas vivendo com o HIV/Sida: Ir. Susana.

Festival para as Pessoas vivendo com o HIV/Sida: Danças.

Festival para as Pessoas vivendo com o HIV/Sida: Música.

Festival para as Pessoas vivendo com o HIV/Sida: todos dançam.

Festival para as Pessoas vivendo com o HIV/Sida: Felicidade.

Festival para as Pessoas vivendo com o HIV/Sida:
distribuição da "Cesta Básica".

Festival para as Pessoas vivendo com o HIV/Sida:
distribuição da "Cesta Básica".

Festival para as Pessoas vivendo com o HIV/Sida:
distribuição da "Cesta Básica".

Festival para as Pessoas vivendo com o HIV/Sida: Utentes levam a "Cesta Básica" oferecida para suas casas.

Este projecto iniciou as suas actividades no final de ano de 2006.

Oferece assistência a mais de 500 pessoas vivendo com o HIV/Sida (PVHS).

Este serviço dispõe de 2 funcionários permanentes e é financiado pelas ONG's CAFOD, FDC e JHPIEGO.

Regularmente é feita a testagem ambulatória e o encaminhamento ao centro de tratamento.

A ambulância (oferecida pelo Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social de Portugal) leva os doentes diariamente, ao Hospital Distrital de Marracuene, ao Hospital de Mavalane, ao Hospital Polana Caniço e ao Hospital Central de Maputo, conforme a necessidade dos doentes, percorrendo, pelo menos, 60 km/dia.

Prestam-se serviços domiciliários aos doentes.

Melhora-se a segurança alimentar.

Incentivam-se as machambas familiares próprias.

Fornecem-se produtos hortícolas.

Faz-se a distribuição mensal da cesta básica (bens essenciais) aos doentes mais necessitados.

Realiza-se um encontro de convívio mensal com todos os doentes, com almoço, actividades recreativas, festa, música e dança de artistas e dos próprios, ao qual se chama "Festival do Doente".

Realizam-se palestras e faz-se aconselhamento.

Oferecem-se seminários de Formação aos Conselheiros / Activistas.

Incentiva-se a frequência de cursos de formação profissional, pelo menos os de curta duração, para aumentar as possibilidades de auto-emprego, das pessoas vivendo com o HIV/Sida.

Proporciona-se aos activistas a formação em "Culinária", onde estes aprendem a confeccionar alimentos e sumos na base dos produtos cultivados localmente.

Actividades de Prevenção do HIV/Sida:

Palestras: O objectivo é transmitir conselhos e informações destinadas a prevenir as DTS e em particular o HIV/Sida.; Na actividade de HIV/Sida, a Congregação, não só trabalha no bairro 4 de Outubro, como também em mais cinco bairros deste Distrito: 15 de Agosto, Mapulango, Mali, Agostinho Neto e Ricatla. Em todos esses bairros, uma das acções da sua actividade é promover palestras, para que o povo ganhe consciência que o HIV/Sida existe e mata, pois, surpreendentemente, muita população ainda não sabe nem acredita que a doença existe, atribuindo a esta doença feitiçarias, etc. A pouco e pouco, o povo vai ficando alerta da realidade desta pandemia, e vai assumindo a necessidade da mudança do comportamento aprendendo a mudar de comportamento. As palestras são feitas para todas as idades: adultos, jovens e crianças, assumindo uma linguagem própria para cada idade.; Para as palestras, tem-se convidado pessoal da Saúde especializado.; Tem-se feito formação de líderes e lideranças comunitárias, para em conjunto trabalharem localmente com as activistas de Mumemo, em favor das populações que lideram.
Actividades de “Ocupação Positiva”: Para ocupar positivamente as camadas jovens, adolescentes e de crianças, de forma a prevenirem-se do HIV/Sida, criaram-se várias actividades, tais como:

Assistência a Crianças Órfãs e Vulneráveis (COVs)

Este projecto iniciou as suas actividades no final de ano de 2006. Este projecto dispõe de 4 funcionários permanentes e é financiado pelas ONGs CAFOD, FDC e JHPIEGO. Todas as crianças órfãs e vulneráveis apoiadas beneficiam de:

Assistência a Crianças orfãs e Vulneráveis.

Acompanhamento permanente das COV's.

Lar Internato Feminino: dormitórios.

Registo Civil, porque a maioria não tem nenhum documento de identificação: Como são muitas crianças, convidamos os agentes do Registo Civil a deslocarem-se ao bairro, afim de registarem as crianças. Os familiares também aproveitam, pois perderam os documentos nas cheias.

Beneficiam de convivência e relações inter-pessoais, passeios regulares, aprendizagem de dança, canto, desporto, etc.

As 95 crianças órfãs e vulneráveis sem segurança familiar e que vivem nos lares internatos beneficiam de:

Residir no Internato Masculino e Feminino, onde beneficiam de uma alimentação e educação adequadas, sendo 50 rapazes e 45 meninas.

Evidentemente, as crianças vivem totalmente sob a responsabilidade das Irmãs, e estas contam com apoios e ajudas humanitárias, tais como: do Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social de Portugal dos padrinhos de algumas crianças, e de outros amigos sensíveis a estas causas.

Beneficiam-se de tudo, tal como: alimentação, cama, higiene, escolaridade, vestuário, desporto, aprendizagem informática, e um acompanhamento permanente, desde o levantar ao deitar, etc.

As 400 crianças órfãs e vulneráveis que vivem em suas famílias beneficiam de:

Estudo acompanhado, cumprindo um horário diário, conjugando com o horário das aulas da escola;

Roupas, calçado e uniforme escolar e material escolar;

Algumas beneficiam de três refeições diárias: pequeno-almoço, almoço e lanche;

Todas as crianças órfãs e vulneráveis são encaminhadas aos tratamentos necessários e testagens de HIV/Sida.

Estas crianças realizam actividades recreativas, tais como desporto e danças.

Além disso, as crianças beneficiam de tudo o que for necessário.

Veja mais informação em: criar.

Actualização:8-Jan-2009