Os Lares Internatos são um
espaço para acolher vidas em
risco, para
que as crianças atinjam a Plenitude de Vida", e VIDA em
abundância, segundo o projecto de Jesus. Assim a Congregação
tem a oportunidade de colaborar com
Deus no reCRIAR
e educar o
homem, no seu estado frágil.
Os Lares Internatos "Madre
Maria Clara", para meninas, e "S.
Francisco de Assis", para
rapazes, têm no total 250
educandos,
sendo 100 meninas e
150 rapazes. Dos 250 educandos, 95 são crianças
órfãs e vulneráveis,
e os restantes
são crianças cujos pais têm algumas possibilidades económicas.
Beneficiam-se de uma vida em
família e da socialização que a vida
em grupo
gera. Habituam-se a obedecer, a cumprir
regras e horários com tarefas e actividades diárias. Têm horas para
estudo, para
trabalho e horas para actividades recreativas, livres ou orientadas.
É nosso desejo dar a estes
jovens e crianças órfãs e vulneráveis
uma educação integral. Para tal, iniciámos com as seguintes
actividades:
• Aprendizagem do arrumo do quarto e da
casa em geral.
• Prática da higiene pessoal
• Higiene alimentar
• Aprendizagem de conhecimentos básicos
de culinária
• Jardinagem
• Cultivo de hortícolas
• Actividades desportivas, futebol
e
outras
modalidades
• Canto e dança tradicional, moderna
e
clássica
• Aprender a estudar e ter gosto pela
leitura
• Aprendizagem da informática
• Aprender a criar animais de pequena
espécie
• Aprender a comunicar-se com Deus,
isto
é, a rezar
• Aprender a fazer o seu projecto de vida
pessoal
• Aprender a relacionar-se com os outros
• Aprender a ter boas maneiras
• Aquisição de valores humanos, sociais e
espirituais,
tais como a verdade, a honestidade, a simplicidade, o respeito, a
tolerância, o perdão, a reconciliação, a solidariedade, a liberdade e a
humildade.
• Prepará-los para um futuro feliz, no
qual serão
bons cidadãos educadores de sociedade.
Os inícios são sempre
difíceis, porém há muita Esperança.
Temos ainda muita
dificuldade na alimentação, pois o jovens e as
crianças são muito carenciados.
Crianças
órfãs e vulneráveis:
São crianças que vivem com
uma avó, fragilizada, impossibilitada
de educar e criar; crianças de pais dementes; crianças desprezadas
pelos madrastas, tias, por pensarem que são doentes do Sida, arrumadas
num quarto, privadas de alimentos adequados, afim de morrerem
mais
cedo e tirar o peso à família, e muitas outras vulnerabilidades.
Uma
criança (COV) almoçamdo.
Algumas
crianças a jogar.
Algumas
crianças apoiadas.
As crianças
órfãs e
vulneráveis (COV's) carecem de
tudo, precisam
dum cuidado especial, um acompanhamento psico-social, pois as crianças
abandonadas trazem consigo diversos traumas, cada uma traz uma negra
história. Algumas COV's foram estigmatizadas pelos
próprios familiares, depois de terem perdido os seus pais, chegando
mesmo a receber maus tratos para que
morram mais rápido possível, desconfiando-as da
doença HIV/Sida
que
vitimou os pais, outras trazem traumas por terem sofrido abusos
sexuais, e até pelos seus próprios avós, pois há um mito que diz que
quando um adulto pratica sexo com uma criança fica livre o Sida.
Algumas crianças sofrem de
doenças provenientes da mal nutrição,
às quais se dá uma assistência medica e medicamentosa segundo as suas
necessidades.
Para uma reabilitação
psicosocial das crianças órfãs e
vulneráveis, foram criados clubes infantis, com várias modalidades
desportivas e artísticas à escolha: dança clássica, dança
tradicional, dança moderna, passagens de modelo, jogos de football,
basketball, corridas em sacos, arcos "ula-ula", salto à corda,
etc.
São lhe proporcionadas ainda
oportunidades de aprendizagem duma
leitura correcta em estudos acompanhados, para facilitar o seu sucesso
na escola. Algumas crianças já trabalham no computador.
Todas estas actividades
levam a criança a recriar a sua
auto-estima, a "limpar" dela todo o estigma e a maldição lhe tinha
"coberto". A pouco e pouco, a criança torna-se igual a toda e qualquer
outra criança.
Os padrinhos contribuem
grandemente na criação da auto-estima
destas crianças, pois ficam muito sensibilizadas e emocionadas por
alguém de longe pensa nela e comunicar-se com ela.
Já é notável a mudança
física e psíquica nas crianças, estão mais
alegres, têm mais espontaneidade infantil e estão em melhor estado de
saúde, embora ainda haja um grande caminho a percorrer.
Jovens cujos pais têm
algumas possibilidades económicas:
Aos os pais dos alunos da Escola
Profissional de S. Francisco de
Assis, que têm algumas
possibilidades económicas, pede-se-lhes uma
contribuição de 500,00 Mt. Este valor poderá ser bastante reduzido
conforme a situação sócio-económica apurada, caso a caso.
Lar Internato Feminino e Lar
Internato Masculino:
Lar
Internato Feminino
O Lar Internato Feminino
dispõe de capacidade para acolher 100
meninas, estando neste momento a lotação esgotada.
O Internato Feminino
possui 5 funcionárias permanentes. Destas,
3 são educadoras que acompanham as crianças nas actividades recreativas
e desportivas, 2 acompanham as crianças na aprendizagem da cozinha, e
outras duas acompanham as crianças na sua higiene pessoal, limpeza e
arrumo do quarto. As mais velhas ajudam as educadoras no acompanhamento
das crianças mais pequenas. Cada quarto de meninas pequeninas tem uma
chefe (ou duas) mais crescida. Igualmente, no refeitório, em cada mesa
de meninas pequeninas há uma menina responsável mais crescida que
reparte a comida pelos pratos das crianças.
O Lar Internato Masculino
dispõe de capacidade para acolher 150
rapazes, estando geralmente todos os espaços ocupados.
O Internato de rapazes
possui 7 funcionários permanentes. Destes,
3 são educadores que acompanham as crianças nas actividades recreativas
e desportivas, 2 acompanham os rapazes na aprendizagem da cozinha, e
outros dois acompanham-nos na sua higiene pessoal, limpeza e
arrumo do quarto.
O 1º turno dispõe de uma
hora para aprender a cuidar de
pecuária e agricultura. O 2º turno retoma as actividades
deixadas
pelo 1º turno que já foi para a escola.
Fachada
do Lar Internato Masculino.
Cozinha
interior.
Cozinha
exterior.
Refeitório
principal.
Refeitório
dos pequeninos.
Lavandaria.
Estendal.
Dormitórios.
Casas
de banho.
Arrumatórios.
Sala
de televisão.
Sala
de estudo.
Sala
de informática.
Jardim
e pátio interiores.
Os mais velhos ajudam os
educadores no acompanhamento
dos meninos mais pequenas. Cada quarto de meninos pequeninos tem um
rapaz mais velho que os assiste. Igualmente, no refeitório, há um
responsável por cada mesa. Existe um pequeno refeitório separado para
os meninos dos 2 aos 5 anos de idade. À noite o lar é acompanhado por
um educadores que trabalham segundo a escala.
CONTACTOS:
Irmã Susana Custódio Marques (Responsável
pelo Projecto)
Telemóvel: +258-824931230 Fax:
+258-21400277 e-mail:
Frat. S.
Francisco Assis, Bairro 4 de Outubro, Mumemo, Marracuene, Moçambique