16/10/06
Leia abaixo alguns depoimentos de beneficiários
do programa de penas alternativas
Ex-beneficiário Alexandre
Bernardes
"Prestei contas lá no Parque das Mangabeiras
por três meses, por problemas com a família.
Gostei muito, quando foi conversado comigo em pagar pena
fiquei muito feliz. Porque pagaria pelo meu erro sem ficar
preso. Foi importante para mim, porque depois do período
da pena, através do chefe do Parque das Mangabeiras
consegui um emprego com carteira assinada em uma empresa
de construção. Minha vitória da vida
foi esta. Quando comecei a pagar a pena estava desempregado
e sai com a carteira assinada. Sai dessa melhor do que entrei."
Beneficiário Roberto Márcio Viegas
Vai cumprir cinco meses de trabalho no parque, com oito
horas todo sábado, vigiando e limpando um banheiro
público que tem dentro do parque. É acusado
de roubo de carga, apesar de se defender dizendo que trabalhava
há três anos com o seu patrão de carregador
de carga, mas não sabia se tratar de material roubado.
"É melhor estar
em liberdade, do que preso. Fiquei três meses detido
e sei a diferença de poder pagar a pena aqui fora,
em liberdade, que é uma das melhores coisas que o
homem tem na vida. Atualmente eu passei foi a sofrer com
a violência. Minha filha recebeu um tiro no final
de semana passado e está no CTI do João XXIII,
ela ficará viva mais nunca mais vai poder andar.
Estava com o namorado que levou quatro tiros. Até
hoje não sei o motivo, ela tem 18 anos e só
pode ter sido "companheragem" esquisita.
Beneficiário Arthur Oliveira dos Santos
Gerencia uma Internet Comunitária. Já tinha
experiência na área de informática.
Estava arrombando carros para roubar o som. Foi preso e
agora presta serviço comunitário. Oito horas
durante quatro meses.
"Acho isto uma boa iniciativa,
pois assim posso ajudar as pessoas. Este serviço
esta me enriquecendo, abriu meus olhos. Estou sendo importante
para muita gente, pois sem meu serviço não
poderia funcionar a Internet. Poderia ter esta experiência
em outros lugares, pois aqui fica cheio de adolescentes
que não estão na rua fazendo bobagens. Se
já existisse na minha época, talvez eu estava
no computador e não roubando toca-fitas."
Kerison Lopes e Fabrício
Marques
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