27/12/07
Fundo busca inclusão social
Investimento na região
Nordeste, incluindo o Norte mineiro, beneficia desde micros
e pequenas empresas até a agricultura familiar
Kerison Lopes e Fabrício
Marques
Especial para O Binóculo
De Salinas (MG)
Fundo busca inclusão social
"A cachaça é
muito importante para nossa região, e com o tempo
vem ganhando importância nacional, inclusive dando
visibilidade para a exportação", afirma
João Dias, gerente da agência do BNB Salinas.
Sob o seu ponto de vista, o financiamento para o agronegócio
da cachaça é uma ação capaz
de contribuir para a inclusão social e o fortalecimento
da cidadania no Norte de Minas.
"A maioria dos produtores
da região impulsionou seus empreendimentos com recursos
oriundos de fundos do Banco do Nordeste. A grande maioria
teve sucesso com seus empreendimentos", diz João.
Ele comenta que, principalmente entre os que têm maior
participação no mercado, o banco teve uma
participação ativa na alavancagem de suas
economias.
Ele explica como se dá
o crédito. Em Salinas e na região atendem
o segmento da cachaça em toda a sua cadeia produtiva.
Desde a agricultura familiar com os Pronafs A e B, até
o empresário agrícola na sua produção
primária, no engarrafamento e na comercialização,
com juros bastante competitivos dentro do mercado. Principalmente
quando se trata de fonte dos recursos do FNE, fundo constitucional
administrado pelo Banco do Nordeste, cuja taxa mais baixa,
este ano, foi de 3,75% ao ano. Em 2006, a taxa mais baixa
praticada foi de 6%.
Benefícios
O Fundo Constitucional para o
Desenvolvimento do Nordeste, que também contempla
o norte e nordeste mineiro, é uma linha específica
de crédito que beneficia desde o grande empresário
até a agricultura familiar, e, evidentemente, as
micro e pequenas empresas. O que o diferencia de outros
fundos são as taxas de juros, que variam em função
do faturamento. São várias linhas de crédito,
e todas elas beneficiam diretamente o produtor da cachaça.
Considerando os participantes
do processo, do mini-produtor ao grande empresário,
há um envolvimento na cachaça onde todos são
beneficiados. Há setores da população
que, mesmo não lidando diretamente com esse produto,
são privilegiados. O comércio de uma forma
geral é beneficiado, pela geração de
empregos, pela promoção do turismo com as
feiras, enfim, toda a economia da região acaba sendo
estimulada através da produção da cachaça.
Além de Salinas, outras
cidades, também beneficiadas pelo FNE, estão
utilizando da cachaça e do crédito para impulsionarem
suas economias. "Temos um projeto no Vale do Jequitinhonha
e Vale do Mucuri de Desenvolvimento Regional de Cachaça.
Estamos constituindo três cooperativas na região
e o BNDES está entrando com o financiamento através
do Programa em Investimentos Coletivos ", informa Cristiano
Lamego, superintendente do Sindbebidas (Sindicato das Indústrias
de Bebidas de Minas Gerais).
Lamego conta que a primeira
cooperativa, em Araçuaí, já tem um
investimento de R$ 2 milhões aprovado pelo BNDES.
"O mais importante é que 85% é não-reembolsável,
pois é um programa que privilegia a questão
social, por estar em uma região como o Vale do Jequitinhonha".
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