27/12/07
Negócios com Europa, Ásia,
Estados Unidos e Mercosul
Kerison
Lopes e Fabrício Marques
Especial para O Binóculo
De Salinas (MG)
A Coopercachaça, cujo site
apresenta versões em
inglês e alemão, prepara uma equipe com vistas
ao mercado externo, já que hoje eles têm negócio
efetivo com a Itália, por exemplo.
"Por uma pesquisa de mercado,
a gente identificou os maiores importadores de cachaça.
Começamos um intenso trabalho com a Alemanha, não
só porque ela é uma grande importadora, mas
porque ela é um portal de entrada dos negócios
da comunidade européia, diz o gerente Edésio
Alves .
"Durante a Copa do Mundo
na Alemanha, nós estávamos juntos com a seleção
brasileira divulgando nosso produto. Temos dois representantes
da nossa cachaça naquele país", afirma
o gerente.
Quando se trata de exportação
o fator preço é bem disputado, mas quando
o negócio é fechado, é sempre muito
superior aos preços praticados no Brasil. "Começamos
entendimentos com Portugal, França, Estados Unidos,
Ucrânia e Espanha".
Também estiveram na
China, na Feira de Macau, junto com uma missão do
Sebrae, e lá plantaram contatos para iniciar a comercialização.
"Nossa experiência ainda é pequena, mas
estamos evoluindo. Temos várias iniciativas para
adequar o nosso produto às exigências internacionais".
Coluna
Toda essa movimentação
foi precedida pelas grandes empresas de cachaça de
Coluna, outro pólo produtor, que chegaram no exterior
primeiro. Se por um lado abriram portas para todos os produtores,
de modo geral, por outro, dificultam que o europeu entenda
a especificidade da cachaça de Salinas, de produção
artesanal. "Até mesmo porque estão acostumados
com a caipirinha e não com a cachaça pura",
avalia o gerente .
Para ele, "muitas empresas
internacionais estão interessadas em colocar em suas
linhas o produto cachaça. Tem um mercado grande em
potencial, tem muita gente vindo comprar e preparando a
exportação".
Como salienta Kênia Santos,
do Sebrae Salinas, alguns produtores da cidade já
têm trabalho de exportação, alguns já
fazem conexão com os Estados Unidos. E a Seleta,
que é a maior produtora da região, prepara
para o próximo ano a implementação
de um departamento apenas para cuidar da exportação,
pois há vários países fazendo contato
e precisam apenas efetivar um maior volume de vendas.
Antônio Rodrigues, o
proprietário da Seleta, confirma a operação
e diz que vai implantar um audacioso plano de vendas para
todo o Brasil e para o exterior, com alvo prioritário
para o Mercosul, onde já conta com vários
negócios em andamento. "Exportamos já
um número considerável para a Alemanha. Estamos
montando um departamento comercial que deve incrementar
as vendas", afirma.
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