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Por estarem localizados em uma área atendida pelo Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE), os produtores de Salinas têm aproveitado as vantagens oferecidas pelos agentes financeiros e incrementado seus negócios para conquistarem mais espaço no mercado interno e externo.

Foto: Leo Drummond Agência Nitro

 

 

27/12/07
Crédito impulsiona empresas de cachaça

Investimento a micros e pequenas empresas é matéria-prima para desenvolvimento e inclusão social no Norte de Minas

Kerison Lopes e Fabrício Marques
Especial para O Binóculo
De Salinas (MG)

"Uma cachaça e põe na conta", solicita o cliente de um boteco de Salinas, a 624 km de Belo Horizonte. O atendimento é imediato e em apenas um gole é consumida mais uma dose dos 5 milhões de litros anuais produzidos na cidade que leva o título de capital mundial da cachaça. A simples operação não é o único momento em que o crédito está presente na vida da aguardente. Graças aos financiamentos, os produtores têm conseguido o incentivo que precisavam para aumentar a sua produção e comercialização.

Em outras palavras, a política de financiamento ao consumo e à expansão do crédito à produção de micro e pequenas empresas transformou o cenário do agronegócio da cachaça em cidades do Norte de Minas. Esses estabelecimentos têm acesso a menores juros e prazos maiores, o que a um só tempo promove o desenvolvimento tanto das micro e pequenas empresas quanto da região em que elas se estabelecem.

Por estarem localizados em uma área atendida pelo Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE), os produtores de Salinas têm aproveitado as vantagens oferecidas pelos agentes financeiros e incrementado seus negócios para conquistarem mais espaço no mercado interno e externo.

Crédito como Impulsor
" Em Salinas e na região atendemos o segmento da cachaça em toda sua cadeia produtiva. Desde a agricultura familiar até o empresário agrícola, na sua produção primária e também no engarrafamento, na comercialização", conta João Dias Corrêa, gerente do Banco do Nordeste (BNB) da agência que atende Salinas e outros 42 municípios da região.

Impulsionadas pelo crédito, algumas das marcas que se destacam no cenário da cachaça de Salinas, e conseqüentemente de Minas, contaram com financiamentos para alcançar o sucesso em seus empreendimentos. Uma delas é a cachaça Sabor de Minas, "cinqüenta por cento do capital investido aqui para levantar a nossa empresa foi o BNB que fomentou com a gente, há cinco anos, através do BNDES. Como a região norte mineira tem um incentivo em relação às outras, vimos que era um bom negócio", conta Sérgio Rodrigues Filho, proprietário da empresa.

Outro produtor que se utilizou do crédito para dar um salto foi Eilton Santiago, que carrega no nome a tradição da família que produz a cachaça Havana, considerada a melhor do mundo. Produtor da Canarinha, há dois anos, ele fez empréstimo para investir na fazenda e no canavial.

"Peguei especificamente para nossa propriedade. Valeu a pena, pois através disso conseguimos ampliar a própria fábrica e assim produzir mais. Nossa produção era de 9 a 10 mil e aumentamos a produção, em média, em 90%", diz Santiago. A produção da Canarinha este ano foi entre 18 e 19 mil litros.

Fidelidade
Para o maior produtor de Salinas, Antonio Rodrigues, proprietário das cachaças Boazinha, Saliboa e Seleta, há muitos fatores que tornam a luta com as grandes empresas de cachaça industrial desigual, como o marketing, a distribuição, o preço, mas a cachaça artesanal tem conquistado um consumidor fiel, que quando a experimenta não toma mais de outras.

"Sabemos que cerca de 80% do mercado é ocupado pelas grandes indústrias, que produzem as cachaças industriais. Mas a cachaça artesanal tem crescido muito, conquistado muito espaço. Nossa empresa tem crescido de 30 a 40% nos últimos anos", diz Rodrigues, que em 2006 produziu 1,5 milhão de litros de cachaça, e, para 2007, a previsão é de 2,5 milhões de litros.

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