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18/05/07
Amenidades

Não me venham com besteiras de dizer que felicidade não existe. Tenho perdido tempo precioso procurando uma palavra menos desgastada para definir de que a minha vida é feita.

Companheirismo, fidelidade, brilho nos olhos, frio na barriga, riso leve, lágrimas de pureza, cama quentinha, coca-cola gelada, família, rosas, almoço de família, segredo de irmã, colo de mãe, ciúmes de pai, piada de irmão, fofoca de tia, farra de primo, farra de amigo, gandaia, sol nascendo, marzão de estrelas e uma lua lindona, um suspiro bem dado, vinho tinto ou branco, grandes sonhos e pequenas realizações, novela, sorvete de creme, flertar, algodão doce, tempo pra recomeçar, faculdade, girassol, roupa nova, perder a hora, cicatrizes, velhos hábitos, estágio, salário, unha feita, coração usado e sem data de validade vencida, um bom livro, filmão, receber aquele telefonema, sentir-se sexy, continuar sonhando com um príncipe encantado, superações, ser reconhecida por um trabalho bem feito, ter a oportunidade de tentar de novo, beijar sapos, saudades, banho de chuva, banho de sol, roupa nova, calça velha que ainda cabe, doses iguais de futilidade e sensibilidade.

Que nome dar a esse punhado de coisas? Podem me explicar esse tipo de sensações e situações são resultados de efemeridades, coisas voláteis. Pois eu quero que se danem as explicações!

Pra mim a felicidade são essas sensações imprevisíveis e imensuráveis. Aquelas coisas pequenininhas que ainda nem tem forma ou aquelas grandes que a gente não dá conta de abraçar. É, porque a felicidade nunca vem na medida exata e nem embrulhada pra presente.

A minha felicidade esteve passeando incógnita e disfarçada, sem grandes promessas entre meus dias. E eu, que desde sempre perseguia a felicidade, a vi freqüentando só os mesmos lugares que eu. Uma mudança muito mais sutil do que possa parecer. A caminhada é a mesma, o meu olhar sobre a estrada é que mudou.

E acho que é isso que é a felicidade e por favor, não me corrijam se eu estiver errada.


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Thaís Palhares é belorizontina de nascença. Palhares de pai. Fernandes de mãe. Thaís de comum acordo. Jornalista por opção e por convicção. Escritora por paixão. Viva, por isso, incansável. Escreve aqui todas as sextas-feiras. Fale com ela: thaisgalak@gmail.com

 

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