OPPERAA
 
Baby Boom
     
 
 
     

Do you wanna fuck me, beibe? Vem aqui, me deixa desarranjar-te os óculos os fios os zíperes os cabrestos todos. Eu quero púbis, beibe. Quero cachos

Foto: www.flickr.com/photos/radioareito

 

31/03/08
2: graves & agudos para beibe

E os cacos, beibe? O que é feito dos cacos? Os FARRAPOS também te sobem pelas bases até o ponto em que, beibe,

Juntos, examinamos o caos e dizemos que é hora de parar. O parar é um freio antes que

- os óculos retos na ponta do nariz –

Morramos. Repartidos. : a música é bem no solo ou naquele mais fino agudo é mesmo na mais alta nota – antepenúltimo tralalá – que geralmente a rotação

Se estanca. Somos não mais que dividendos, beibe. Torna-nos-emos finalmente compartida peça, árduo mecanismo high-tech em franca e promissora proliferação anatômica

em franco e promissor desmantelamento metafísico

  [Já que a mensurada harmonia do conjunto não parece agradar especialmente à gerência]

Mas se me disseres, beibe, vem, dança comigo, baila comigo

                                       Mira, mira

Rodopiemos juntos no meio do salão. Pelas cortinas. A me arrastares pelo chão como cena de filme, beibe, conhecida película de poeira e sangue,

Conhecida nódoa

e noite em que gritamos, gritamos até o último susto daquele cachorro até o desespero surdo de nossos pais.

E se me arrastares assim feito música

- os óculos retos na ponta do nariz –

Os letreiros subindo. O vestido vermelho, as margaridinhas nascendo. O destilado na boca. Ou mesmo um gosto branco de cola tenaz

Porque antes do baile, beibe, era um guloso gomo de quereres. Um avançado gomo que propagado te batia na cara me arranhava as costas fazia vibrar todo aquele antigo conjunto de cristais. Os sepulcros perfumados emanavam rosas, beibe, enquanto rabos balançavam ao luar. Rachavam-se doídas as bonitas porcelanas – um gomo mesmo múltiplo de cremosidades

Duas pedrículas de gelo, whisky puro malte escocês.

Torcia-se todo no meu corpo no seu copo no seu corpo dentro de

Do you wanna fuck me, beibe? Vem aqui, me deixa desarranjar-te os óculos os fios os zíperes os cabrestos todos. Eu quero púbis, beibe. Quero cachos

Deixa comigo teus sorrisos variados, que a noite

É breve: convém correr para dentro dela convém mantê-la assim entrededos convém não prendê-la não fisgá-la entrepernas entre um sonho e outro convém também levantar-te porque

Let`s dance a tango, beibe, em profusão. Esperando margaridas
ou letrinhas

aparecerem. O cachorro mudo de nossos pais.

Let`s make a movie, beibe. Together. With babies. With candies.

              E por favor de manhã não te esqueces de ornar bem a gravata com               todas aquelas coloridas borboletinhas [uma a uma, cuidadosamente]

Não te esqueces de enrolar bem os cachos em meu vestido-purpurina. Até a completa imobilidade. Em minhas doces amorosidades. em meu supra-sumo, licor de rosidão. Amarra-me os braços, ata-me, beibe. Aos postes: Flesh-flash, permanent pink. Às cercas.

                Mas se me disseres agora,

- os óculos retos na ponta do nariz – antes que anoiteça,

Se me disseres agora, beibe, o que é feito dos caco

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12/03/08 - Esperando Margaridas


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Serena Play escreve porque a sua - parca - coordenação motora jamais permitiu que seu violão fosse melhor. Nas horas vagas é estudante. Estreante. Coadjuvante, quando lhe apetece. Leitora. Imigrante. E boêmia. Tem o péssimo hábito de adotar pseudônimos: com o de Brisa Paim, publica no palavrapouca (www.palavrapouca.blogspot.com).


   
 

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