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Baby Boom
     
 
 
     

Em muitos casos nos sentimos fracos mesmo e desistir se torna a melhor opção. É mais fácil abandonar o barco a ter de consertá-lo em meio à tempestade. É mais fácil nadar em águas geladas, por mares desconhecidos, que esquecer as mágoas e ressentimentos. Somos todos covardes, mas não gostamos de assumir. Não gostamos de enfrentar nossos próprios monstros e eles estão dentro de nós.

 
 

09/01/08
Devaneios do amor

Falar é fácil, difícil é encarar o problema de frente. Difícil é enxergar que nem tudo está bem e que às vezes retroceder não é sinal de fraqueza. É fácil questionarmos o outro, vermos os seus inúmeros defeitos. Difícil é compreender os erros, assimilar as imperfeições e mesmo assim amar. Não é fácil conviver, muito menos perdoar. As alegrias e momentos de prazer são facilmente substituídos, mas a culpa não é nossa, minha, sua. A vida é assim mesmo. Não dá para sorrir sempre, nem para ser feliz em todos os momentos, mas uma coisa eu sei – é possível tentar. E se não der de primeira, a gente engata a segunda e vai tentando. O que não vale é a marcha ré.

Não importa o quão jovens somos ou o quão maduros parecemos ser. Não importa as aparências e fugas. Não importam às vezes em que quisemos jogar tudo pro alto. Acontece. Em muitos casos nos sentimos fracos mesmo e desistir se torna a melhor opção. É mais fácil abandonar o barco a ter de consertá-lo em meio à tempestade. É mais fácil nadar em águas geladas, por mares desconhecidos, que esquecer as mágoas e ressentimentos. Somos todos covardes, mas não gostamos de assumir. Não gostamos de enfrentar nossos próprios monstros e eles estão dentro de nós.

Tropeçamos pela vida a fora, levamos tantos tombos e por vezes achamos que nunca mais vamos recuperar o brilho no olhar e as borboletinhas no estômago que nos faziam delirar e sonhar até com os olhos abertos. Ninguém sabe muito sobre esse sentimento que abarca todos os outros em torno de si. Nas suas tramas e descobertas infindáveis, o que se sabe é que o amor se faz eterno, porque morre em uns para nascer em outros. A vida assusta. Os sentimentos enganam. Nem sempre dá para confiar no coração. Uma hora todos veremos que o amor tem seus dias contados.


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2007


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Patrícia Caldas é uma carioca que ama Belo Horizonte, mas não abre mão das lindas praias da cidade maravilhosa. Sua alegria está em escrever e gritar para os quatro cantos do mundo suas verdades. Além de ter esperanças de um mundo melhor, ser irônica e perspicaz, é jornalista. Escreve todas as quartas-feiras na coluna Diz Tudo. E-mail: p.jornalista@gmail.com

   
 

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