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Empresário do Rio vai sozinho ao Alaska a bordo de uma motoneta de 110 cilindradas.

 

25/01/08
Uma volta pelas Américas a bordo de uma motoneta

Empresário do Rio vai sozinho ao Alaska a bordo de uma motoneta de 110 cilindradas


Se você tem vontade de visitar o Alaska, certamente vem à cabeça a idéia de procurar qual companhia aérea voa para lá. E se você já pesquisou isso sabe que não é nada muito prático. Saindo de São Paulo, a primeira conexão é na cidade de Miami, em seguida, outra parada em Seattle, e finalmente o trecho para Anchorage, a maior cidade do Alaska, operado por uma empresa aérea local. São 26 horas de viagem, isso se não tiver nem um minuto de atraso.
Um empresário de Teresópolis (RJ) resolveu não perder tempo e nem se estressar com aeroportos, atrasos, confusões e etc. Foi de motoneta para o Alaska.

Flávio Kenup saiu de Teresópolis no dia 01 de maio de 2007 em uma moto modelo Traxx Sky 110 cilindradas. Flávio chegou ao Alaska no dia 17 de agosto do ano passado, três meses e dezessete dias para chegar ao extremo norte das Américas. A ida foi dividida em duas etapas:

1ª Etapa
América do Sul

Brasil
Teresópolis (RJ), Sorocaba (SP), Campo Grande, Corumbá (MS);
Bolívia
Santa Cruz de La Sierra, La Paz;
Peru
Juliaca, Cuzco, Lima, Piura;
Equador
Guayaquil, Quito;
Colômbia
Cali, Medellín, Cartagenas;


América Central

Panamá, Costa Rica, Nicarágua,Honduras, El Salvador, Guatemala;



2ª Etapa
América do Norte

México
Mapastepec, Cuernavaca, Albuquerque;
EUA
Grand Canyon, Las Vegas, Los Angeles, Oregon;
Canadá
Vancouver, Whitehorse,
Alaska (EUA)
Anchorage, Fairbanks, Cold Foot, Prudhoe Bay;

Flávio relatou que realmente se emocionou ao encontrar a tão sonhada e esperada placa “Welcome to Alaska”. “Chorei quando cheguei ao Alaska. Que luta foi chegar até lá, mas, valeu todo sacrifício dos 4900mt de altitude da Bolívia, a febre de 4 dias ao entrar no Peru, os 5 dias tomando banho no mar do Caribe, ficando totalmente assado, os 2 dias preso no Panamá por falta de documento para transitar, e vários outros imprevistos que no final só me fortaleceram”, diz o aventureiro.

Depois do objetivo alcançado, Flávio se preparou para a volta, desta vez pela costa leste, executando as duas últimas etapas da aventura.

3ª Etapa
América do Norte

Canadá
Slana, Whitehorse, Dawson Creek, North Battle Ford, Winnipeg, Quebec, Newfoundland;
EUA
Boston, Nova York, New Orleans;
México
Monterrey, Cidade do México, Mapastepec;
América Central

Guatemala, El Salvador, Honduras, Nicarágua, Costa Rica, Panamá;

4ª Etapa
América Sul

Colômbia
Barranquillas,
Venezuela
Caracas, Tumeremo;
Brasil
Boa Vista, Manaus, Belém, Teresina, Fortaleza, Natal, Vitória, Belo Horizonte e Teresópolis (RJ).

Alguns lugares eram difíceis de pilotar, como em Nova York. “O trânsito lá é pesado e os motoristas não respeitam os motociclistas”, comenta o empresário.

Flávio passou por trechos onde não havia postos de combustível, por isso foi adaptado dois tanques de 3,5 litros cada um que aumentava a autonomia da Traxx Sky 110. O consumo da motoneta era de 45 km/l a uma velocidade de no máximo 70 km/h.

Lembranças
A última parada antes de chegar em casa foi na concessionária Traxx de Belo Horizonte, onde atendeu a imprensa local. Flávio contou que passou por situações desagradáveis, mas que eram previsíveis. Uma delas foi o roubo de uma câmera fotográfica durante uma revista feita pelo exército venezuelano.
Lógico que os momentos alegres predominaram na longa viagem. O chifre de um alce, achado no Alaska, foi a lembrança trazida do destino final, já o braço e a mão mecânica recordam a festa de halloween em Washington. “Nessa viagem fiz muitos amigos que me ajudaram, todos que me apoiaram estão em minha mente. Fico muito agradecido pelo apoio deles”, diz Flávio.
As paradas eram feitas em áreas de camping, onde Flávio descansava em uma barraca que ele carregava no baú de 90 litros adaptado para a moto.
No dia 18 de janeiro de 2008, oito meses e meio após a saída, Flávio chega em casa com o dever cumprido.

Não é a primeira vez
Em 2005, Flávio Kenup foi ao Ushuaia na Patagônia, extremo sul das Américas, em uma Honda Biz 100cc. Foram mais de 15.000 km rodados nesta expedição.

O empresário não revela o quanto foi gasto na viagem pelas Américas, onde rodou 64.000 km, e não se arrepende de nada. “Faria tudo de novo sem nem pensar duas vezes, e com a mesma moto”, disse o empresário em entrevista ao site O Binóculo.


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Marcello Oliveira é jornalista e escreve aqui todas as quintas. Fale com ele: marothavio@yahoo.com.br






 
 

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