OPPERAA
 
Baby Boom
     
 
 
     
Nunca na história deste país se viu tanto jogador gringo atuando por nossos clubes.
 

10/01/08
Bienvenidos queridos hermanos!

No cultuado país do futebol, não são mais os jogadores nativos os únicos a reinar pelos gramados. Destaques nas principais competições brasileiras recentes, atletas de países vizinhos são também as principais apostas de muitos clubes daqui para a temporada 2008. Até a emblemática camisa 10 de tradicionais equipes brasileiras são hoje ocupadas – e, em muitos casos, muito bem ocupadas – pelos nossos hermanos.

Ao contrário do comum, a invasão gringa este ano não se deu apenas em terras gaúchas, onde a importação de jogadores de países vizinhos se dá com mais freqüência. Em busca de campanhas melhores do que no último ano, Corinthians e Botafogo contarão com três estrangeiros na temporada 2008. O Atlético-MG contratou um gringo a menos, mas ainda sonha ver a camisa 10 ocupada pelo argentino Gallardo. Até a máquina – ao menos no papel – do Fluminense que disputará a Libertadores terá dois estrangeiros no elenco, ainda assim, um a menos do que o rival Flamengo, que entrará na competição com três.

Além de cobiçar o argentino Gallardo, o Atlético-MG já contratou o paraguaio Ricardo Martinez (dir) e o uruguaio Agustín Viana (esq). Crédito: www.atletico.com.br

E a cobiça pelos hermanos tem uma simples razão: a fórmula vem dando certo a um bom tempo. Vide exemplos como Sorín, Maldonado, Gamarra, Arce, Rivarola, Tevez, Mascherano, entre tantos vencedores no futebol brasileiro. No ano passado, dois dos melhores jogadores do Brasileirão eram um chileno e um uruguaio - este último, por sinal, o artilheiro da competição. Dois anos antes, um argentino foi o melhor jogador, além de ter conduzido sua equipe ao título.

E a respeito de todo este sucesso dos estrangeiros sul-americanos no Brasil, é interessante notar também a grande capacidade deles em se identificar com a torcida e o clube nos quais jogam. Os mesmos exemplos de jogadores acima descritos corroboram com a minha afirmação.

Outros dois significativos fatores facilitam muito a importação de atletas. Primeiro: a valorização do real. No Brasil, os jogadores ganham mais do que em seus países de origem, sem que isso comprometa as finanças dos clubes. E segundo e mais preocupante fator: carência de bons jogadores, pois os melhores, ainda muito novos, já deixaram o país.

Mas, mesmo que a presença de estrangeiros no futebol brasileiro seja, de certa forma, resultado de uma aberração do mercado futebolístico daqui, me agrada muito ver a presença de um ou dois em cada equipe. A raça, a disposição e a catimba – sim, a catimba também é importante! – dos nossos hermanos somadas à apurada técnica do jogador brasileiro dão às nossas equipes um interessante equilíbrio, sobretudo na disputa de competições internacionais.

 

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2007

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Luiz Guilherme Ribeiro é jornalista, flamenguista, ateísta e mais alguns outros "istas". Escreve aqui todas as quintas. Fale com ele:luizguilhermemr@gmail.com


   
 

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