
02/03/08
Dia de esvursco
Era dia de esvursco. Sua peixluna
esquerda apresentava vários entortóicos na
região lombar. Levantou-se de catapatá para
cozer sua cachobeça. Antes, contudo, caminhou até
a janela, onde alguns passaplumas cheiravam diversas quantidades
de violecácias, na tentativa frustrada de receber
alguns raios de luscosol. Não os obtendo, pernaficou
em velocidade para bicudar um amarcafé, pois assim
agragostava, sem açucadoce.
Entorpecido por uma noite
daquelas sononaoquechato, rubrou-se pela casa, ora pelo
brilho amarelado da lampaluz, ora pelo ébano do escurisquisito
quarto de hóspedes. Fumou um nigucim, sorveu um tacánopeito
que havia escambado por elogios de página em razão
ao feitorpinga da esquina e mosquiteava pelos cômodos.
Aturdido pelo dia-adia-dia-adia, adiantou-se e foi para
aquele que era o local de sua imagifritação.
O autor, peidoicamente, queria
se sentar. Entrepouco, nenhuma cabuzamfa caberia naquele
quixitim de espaço. Aprumou-se como um aliterreinos
de grande castelo e curvou-se logo em ali de pronto. E na
primogênita linha de sua ainda portenhosa, mas narrainativa,
rabiscou: Me enchi dessa merdopopéia. Avontade-se
para tomar no cúrvusco, bradou ratatopeicamente.
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Leonardo Rocha
é jornalista, ator e cineasta. Fale com ele: E-mail:
nadorocha@yahoo.com.b
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