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27/12/07
Ritual de Ana e Júlio
O sorriso preenche e perfuma o quarto!
Ana deixa seus seios à mostra, não sente vergonha por isso. Entende a nudez como uma forma de sedução. Júlio a toca suavemente e sente o calor da sua pele. Parece que o mundo sorri para eles. Ana também toca Júlio. Suas mãos parecem repetir os toques que recebe. Suas bocas trocam beijos e carícias. Seus ouvidos recebem palavras de amor e delírio. Os poros de Ana sentem que algo é mais forte e se abrem para o amor. Júlio observa, detalhadamente, o corpo da sua amada.
Eles deixam a vida acontecer devagar, sem emergências. Sentem que a magia está em tudo: no beijo, no toque, no sussurrar, na pele quente . Sabem que esse momento pode se tornar uma deliciosa lembrança.
Estão nus. Os corpos se enlaçam e se confundem. Eles se entregam ao amor. Amam-se como se o mundo fosse só os dois; como se a vida só esperasse aquele momento para se despedir. Os cheiros de Ana e Júlio se misturam. O suor se torna um perfume que toca seus rostos, seus peitos, seus sexos.
As mãos de Júlio tremem. Ele as repousa sobre o corpo de Ana. Sente que assim elas se acalmarão. Acerta. Ana respira diferente. Seus pulmões estão mais vigorosos. Ela sente o ar enchê-los lentamente. Agora, Ana e Júlio se abraçam. Envolvem-se num misto de alegria e desejo.
Ninguém imagina que há mais de sete anos repetem o ritual do amor. O casamento serviu como uma escola de aprendizados e práticas. Tornaram-se melhor e mais serenos; mais compreensivos. Sabem que amar é um exercício diário. E praticam com o brilho nos olhos de eternos aprendizes.
Mas o amor nem sempre está para amar! Ana e Júlio sabem disso. Então, se respeitam. Às vezes brigam, às vezes choram. Na maioria das vezes se amam!
Aprenderam a aproveitar o sorriso da FELICIDADE e respeitar sua tristeza!
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Gledson
José Machado é jornalista, amante
da literatura, da poesia e das escritas. É assessor
de comunicação da Açoforja. Escreve
todas as quintas-feiras. E-mail: gledsoncd@gmail.com
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