|
|
||||||||||||||||||||||
|
|||||||||||||||||||||||
|
|||||||||||||||||||||||
Elas sabiam, mas foram com cabeça erguida. Bonitas, elegantes. Tinham nos olhos lembranças semelhantes às dos formandos. Durante aquele semestre tentaram todos os recursos disponíveis. A faculdade foi inflexível; elas não se formariam com a turma de origem. Onde já se viu não fazer a matrícula na data certa? Advogados pra cá, audiências pra lá. Tudo em vão! No final, seria um misto de decepção e alegria. Talvez sentissem um descontentamento seco na alma. Felicidade quebrada pela força gananciosa do dinheiro; pelo descomprometimento daqueles que precisavam ser parceiros. Alegria pelos colegas que se formavam. Faltava tão pouco! Era a reta final de 3 anos e meio de uma longa caminhada. Quantas noites mal dormidas; e os trabalhos; as dores de cabeça. Tudo ficaria para trás, como uma lembrança doce de um tempo passado. Para elas, demoraria mais um pouco. Talvez apenas mais 6 meses. Talvez... Mas elas demonstrariam a mais nobre garra feminina. A força que busca sentido. E, assim, resolveram continuar. O cenário seria outro: novos rostos, novas idéias. Teriam o mesmo sabor os trabalhos em grupo? Talvez sim. Talvez fossem melhores. Elas teriam que descobrir. Os sonhos continuam. As lutas também. Elas entenderam bem isso e perseveraram. Era preciso. Em seus rostos, pode-se imaginar milhares de estudantes que têm seus sonhos interrompidos. Que não conseguem grana necessária para continuar seus estudos. O tempo passa! O sonho fica! Em suas lágrimas, pode-se entender melhor o sacrifício da grande massa brasileira. A dificuldade que bate à porta no vencimento de cada mensalidade de um curso de graduação. Quantos livros não podem ser comprados; quantas renúncias precisam ser feitas. Tudo por uma nobre causa. Qual? Bom, cada um precisa descobrir. Sentir a importância da sua profissão. Quanto a elas, hoje parece que o tempo passado se apresenta ao presente. Falta pouco para novas emoções aflorarem. Em minhas mãos, a monografia pronta de uma delas. Sinto uma vontade imensa de sorrir. Um sorriso que diga: não podem barrar a fé; o comprometimento. Sinto-me feliz por vocês. Uma felicidade sincera, companheira! Peço que ofereçam um pouco de fé há tantos que necessitam e que sejam próximos. Não precisa ser muito, mas o necessário. Não precisa ser em jarra, pode ser em copo. Ofereçam àqueles que se sentem desamparados, assim como vocês sentiram. Relatem que persistiram quando tudo conspirava contra. Ofereça-os um copo de fé! Assim como vocês, espero que saibam lutar. E vençam! À
Sheila e Samantha
Leia também
17/05/07 10/05/07 03/05/07 19/04/07 12/04/07
29/03/07 22/03/07 |
|
||||||||||||||||||||||
|