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15/03/07 - Quinta-feira

Ela... Ele!

Os longos cabelos pretos irradiavam sedução.

Ele não sabia como seria conversar com ela demoradamente; se conseguiria tocá-la e entendê-la. Imaginava seus seios nus: na sua boca, em suas mãos. Sonhava em tê-la logo em seus braços, perceber e deslizar suas mãos por cada curva daquele corpo, sentir demoradamente seu cheiro.

Era o lugar mais belo que conhecia, de beleza simples e envolvente. Por isso a convidou para irem pra lá. Ela aceitou. Ele pensou em beber o melhor vinho que já havia experimentado. Mentalizou cada detalhe, como seria cada minuto. Sabia que muita coisa fugiria do planejado, mas tentou prever o máximo que podia. Cuidou de colocar uma rosa vermelha em cima do lençol azul. Aquele momento teria que ser inesquecível, teria que despertar novos desejos.

Aqueles olhos grandes e castanhos despertavam nele os convites mais envolventes, mais alucinantes. O sorriso, ah! Aquele sorriso! Não conhecia beleza similar. As pernas incitavam os “instintos mais sacanas".

Ela apanhou a rosa no lençol e sentou-se; quis saber um pouco mais sobre a vida dele. Ele sentou e contou. Ela tomou a iniciativa do primeiro beijo. Ele bebeu a primeira taça de vinho. Ela o beijou intensamente. Ele deixou-se levar e tocou nos seios dela. Ela levemente recuou. Ele, em segundos, imaginou cenas perfeitas:

Sentia sua mão percorrer por aquela pele cheirosa, sedutora. Sentia o vestido azul, que combinava em beleza com o lençol, deslizar lentamente até descobrir por completo aquele belo corpo. Pensou em tocá-la, apertá-la, sentir seus corpos em contato, mas resistiu. Queria prolongar ao máximo aquele momento. Sua mão descobria cada curva do seu rosto, deslizava por seus longos cabelos. Ela sorria; o convidava, sem dizer uma palavra, para descobrir prazeres que durariam tempos em sua memória. Sentia seus desejos aumentarem.

Com um toque em seu rosto ela o trouxe novamente para realidade. Ele não sabia como agir; ela era dona da situação. De repente, ela levou a mão dele à alça do seu vestido. Ele levemente tocou em seu ombro e descobriu seu seio direito. Era como ele imaginava, belo, do tamanho que sonhara. Sentiu-se estranho; nunca havia sentido isso antes. Não sabia o que era; ela percebeu. Inclinou seu corpo até o bico do seu seio encostar no peito dele. Ela encostou seus lábios no ouvido dele e disse lentamente: deixe que os desejos conduzam nossas atitudes. Ele entendeu. Agora tomara coragem para fazer da cena que imaginara realidade. E fez.

A possuiu intensamente; ela fez o mesmo. Confundiam-se em suor, gemidos e sorrisos. Dormiram. Acordaram cedo. A vida continua.

Ela se vestiu primeiro, o beijou e saiu. Ele saiu logo depois de organizar tudo que havia preparado para aquela noite. Valeu cada segundo gasto. Valeu prever tudo em sonhos.

Os desejos aumentaram, como previa. Ela queria viver tudo aquilo de novo. Ele contava os minutos; lembrará durante todo o dia de Sarah. Ela não esquecerá, naquele dia, o Diego. Iriam se encontrar novamente nesta noite. Irão fazer os desejos aumentarem ou diminuírem.

Dependerá da grandeza dos seus sonhos.

Dependerá da coragem de ambos para torná-los realidade!

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Gledson José Machado é jornalista, amante da literatura, da poesia e das escritas. É assessor de comunicação da Açoforja. Escreve todas as quintas-feiras.
E-mail: gledsoncd@gmail.com

 

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