OPPERAA
 
Baby Boom
     
 
 
     

Deitava-se em sua cama e sentia seu corpo vibrar, como se estivesse tendo febre, convulsões. Isso para ela era a melhor coisa do mundo. Nem Roberto e nenhum outro homem eram capazes de deixá-la daquela forma.

 


01/10/07
A inexorabilidade do ser

Todo dia Madalena depilava-se. Adorava sentir-se, assim, mulher.
Sentir suas pernas lisas, lisas como a seda...

... Pétalas de rosa.

Tinha o costume de usar um hobby de cetim encarnado com rendas que deixava transparecer seus seios maduros, um pouco enrugados pela ação dos anos.

Era casada com um jovem homem, mais novo 20 anos. Viviam juntos há quase 10 anos. Sempre aventureira, nunca se prendia a ninguém. Mas com Roberto fora diferente, ele quase fazia com que ela sentisse o mesmo êxtase que sentia sozinha. Nunca foi de bizarrices, mesmo ele sendo um asinino, em se tratando de falo.

O quarto de Madalena cheirava a perfume francês, o que dava ao local um ar de decadência, tipo de bordeis. Nunca escondera que se prostituiu quando foi necessário para se virar. Seu marido fora seu cliente por várias vezes antes de tirá-la da vida. Lembrava do momento em que ele lhe fez o pedido, ainda com o extenso membro rijo.

Mas o prazer de se depilar era mais do que sexual, ninguém, desde sua descoberta, a fez tão realizada em relação a isto. A sensação era divina, sentia em seu peito um desespero, como se esvaísse em uma cachoeira, ou melhor, como se mãos másculas percorressem toda a extensão de suas pernas. Era capaz de sentir seus pelos pubianos orissando-se, era como levar um choque e o torpor fazia com que ela se retorcesse.

Deitava-se em sua cama e sentia seu corpo vibrar, como se estivesse tendo febre, convulsões. Isso para ela era a melhor coisa do mundo. Nem Roberto e nenhum outro homem eram capazes de deixá-la daquela forma.

Logo tinha vontade de mais!

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Fred Caiafa é uma pessoa como outra qualquer, que escreve algo que pensa ser legal. Algo que pensa contar para cada um, para àqueles que possam tirar algo de, sei lá, pessoal. Ele também é bruxo, magista, caótico, muitas vezes, louco para uma sociedade, normal para ele mesmo, um escritor, estudante de letras, neófito nas artes escritas, aprendiz. “Mas deus em mim mesmo, e em todas as coisas que vejo e respiro, sou fragmentado em um todo.Sou Fred para muitos, Frederico para poucos”.


   
 

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