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18/02/08
O
pior do dia
Sempre seguir adiante!
Ouviu novamente o reverberar desta frase dentro de sua cabeça.
- Por quê? Perguntava-se.
Se não pensasse desta
forma, não levantaria em vários momentos,
um ser camaleão ou mutante. Não daqueles arquétipos
tão usados pelos atuais roteiristas de novela, longas
e séries televisivas, mas, um indivíduo que
passa por várias situações e que se
adapta por meio de transformações e mudanças
de conceitos.
Sim, sou pedra dourada, afirmava
a si mesmo - lavrada por escravos, presos e violados, como
o infante enforcado. A amnésia da queda, o susto,
a dor no outro dia, palavras faladas, invasão corporal
e delírios. Sim, somente ao véu negro da noite
e a escuridão da pedra abaixo do corpo estendido.
Claro!
Mais um inebriado estirado
no chão, o próprio foi culpado.
Porém, aqueles segundos foram séculos atravessados,
bolas esféricas brilhavam a anos luz de distância,
multicores. Nada mais pode ser lembrado, tudo fora apagado
de sua mente. Ouvia os ecos de Piaf cantando por todos os
lados, qual final de filmes.
Mudanças de comportamento
são ajustadas para nova realidade. Sim! Poderia este
corpo ter perdido sua vida. E ela impõe-lhe provas,
obstáculos que devem ser transpostos e, a partir
daí, pessoas vão sendo analisadas.
O peito muda novamente e novas
possibilidades são dispostas sobre a mesa do destino.
Nada esotérico, contudo, a situações
formam uma trama surreal, almodovariano, remetendo a “Lo
Peor Del dia”, programa que, nada semelhante aos programas
apresentados nos canais brasileiros, imagina, apresentam
histórias trágicas e apresentadora é
quem procura os casos apresentados. “Filha suicida
depois de anos que seu pai a estuprava e sua mãe
tinha conhecimento de tudo”. A pergunta de Andrea Cara-Cortada,
apresentadora, foi se a menina era feliz? Sutil.
Infame! Infame! Você
é um infame ouvia de todas as bocas, mas, elas mesmas,
nem balbuciavam qualquer som. Finalmente alguém Louco
na família.
Não queiram metamorforseá-se
nunca com o auxílio de álcool e não
subestimem o poder de uma garrafa!
Mais um dos corpos caídos aos pés de Tiradentes.
Assista
a cena de Verônica Abril, ou melhor, Andrea Cara-cortada
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Urbano
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Frederico Caiafa é
Estudante de Letras - Born in 80’s. Daqueles curiosos
que não desistem de conhecer algo desconhecido. Tento
transcrever em cada linha aquilo que vivo ou crio, não
tenho muita certeza do limite nesta relação,
porém, me arrisco na corda bamba sem pensar duas
vezes.
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