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Baby Boom
     
 
 
     
Um dia desses entro na sala e me deparo com a novidade mais quente do mundo dos games, o tal do 'Guitar Hero', um jogo desenvolvido para o já nem tão moderno console da Sony, o Playstation 2.
 

02/11/07
Guitar Hero e o Ranzinza

Vários fatos curiosos observados por mim durante os últimos tempos dão conta de um outro fato ainda mais surpreendente: tornei-me um ranzinza aos 22 anos. Vejam vocês, contarei um exemplo dos mais bobos, mas que mostra muito bem essa minha condição.

Quem, como eu, nasceu em meados dos anos 1980, não escapou da febre do Super Nintendo, um aparelho de videogame que virou mania no início da década seguinte. Pois bem, vamos dar um pulo de alguns bits: um dia desses entro na sala e me deparo com a novidade mais quente do mundo dos games, o tal do 'Guitar Hero', um jogo desenvolvido para o já nem tão moderno console da Sony, o Playstation 2. Como não bastasse a pérola proferida por minha mãe, que de tanto ouvir meu irmão dizer o nome do jogo pra lá e pra cá o rebatizou de "guitarreiro", fui convidado por ele a disputar uma partida e levei uma sova histórica.

A idéia do jogo é até interessante. São clássicos do rock como 'War Pigs' do Black Sabbath e 'Smoke on the Water' do Deep Purple que foram adaptados para o controle: cada nota corresponde a um botão do joystic do Playstation 2 e o jogador deve acertar o maior número de notas possíveis para passar de nível. Até aí tudo bem. O problema foi descobrir que meus dedos não respondem mais como antigamente, na época em que o famoso "meia-lua pra frente e soco" era palavra de ordem.

Fiquei impressionado com a agilidade com que o caçula movia os dedos e exercia sua velocidade de raciocínio ao longo de solos imensos adaptados para o jogo, como o da música "Free Byrd", do Lynyrd Skynyrd. Segundo ele, essa é uma das mais difíceis de passar. Ok, nem me arrisco. Só de olhar para a tela da TV fico tonto com o ritmo frenético do game.
Ranzinza, saio da sala aborrecido com a derrota, mas na manga tenho o velho bordão:

- Ah, prefiro os jogos do meu tempo, que saudade do Super Mario Bros.
Porém, era a letra de uma música de um compositor cearense que martelava em minha mente: "Ainda somos os mesmos e vivemos como os nossos pais".


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Daniel Perugini é belo-horizontino e jornalista. Apaixonado por música, cinema e literatura. Compõe por diversão. Escreve aqui quinzenalmente às quintas feiras. Fale com ele: nielbianconcini@hotmail.com




   
 

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