
22/07/08
A paixão verdadeira
é o futebol
Dia 30 de novembro
de 2003, oito e meia da manhã de um belo e ensolarado
domingo:
- Bom dia amor! – disse a apaixonada esposa, que tinha
esperado o ano inteiro por aquele dia.
- Bom dia? Ótimo dia!!! – respondeu o entusiasmado
marido.
Na pacata e bela Boa
Esperança, no sul de Minas Gerais, era dia do famoso
baile da praça, grande evento promovido pelo tradicional
clube esportivo da cidade.
Contudo, nesse ano de
2003, o dia do evento coincidiu com outro importante acontecimento
para os adoradores de certa paixão nacional: o futebol.
Era dia de jogo decisivo para o Cruzeiro, time de expressão
da capital. Se vencesse o Paysandu se consagraria campeão
brasileiro pela primeira vez.
- Querida, vou sair
agora à tarde para ver meu time ser campeão
e volto a tempo para aproveitarmos o baile na praça
– disse o apaixonado marido cruzeirense.
Ao fim dessa calorosa
frase, a esposa começou a se preparar. Fez reboliço
com toda a família dizendo que iria ser a última
pessoa a parar de dançar no baile. A família,
que por sua vez já estava acostumada aos bolos do
marido movidos por conta da paixão ao futebol, fez
um bolão apostando se ele conseguiria ir ao baile
ou não.
Resultado: O cruzeiro
venceu o Paysandu por 2 a 1, consagrou-se campeão
e o marido mal conseguiu chegar em casa, sem sequer se lembrar
da existência de algum baile, ou quem sabe até
mesmo da própria mulher. Ela, mais uma vez, ficou
a velar o sono feliz e embriagado do esposo que, como todo
e bom brasileiro, é mesmo apaixonado por futebol.
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Andreza
Gischewski é apaixonada por futebol, mas
não sabe controlar uma singela bola "dentinho
de leite" e muito menos tem condicionamento de correr
atrás da mesma. Metida a falar sobre o assunto, ela
encara esse desafio de opinar sobre as rodas do mundo da
pelota. Fale com ela: andreza.gc@gmail.com
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