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O técnico Luiz Felipe Scolari disse em entrevista coletiva concedida na sexta-feira anterior ao jogo, em Baku, que o Azerbaijão, com quem a seleção lusa duelou no sábado, fora de casa, é um adversário forte e poderia complicar a vida dos portugueses na Eliminatória da Euro.

 

18/10/07
Vou falar de futebol

De Baku - Azerbaijão

Depois de quinze dias sem escrever, senti falta do meu texto semanal. Mas mudar esta coluna para quinzenal foi uma boa, já que posso trabalhar com mais foco nos temas escolhidos. E quero falar, ao lado do meu colega Luiz Gulherme Ribeiro, de um assunto que, pelo menos ele domina muito bem. Agora vejamos como me saio falando de futebol. Corre o boato que quando mulher fala de futebol, coisa boa não sai. Vou arriscar, já que esta semana tive o prazer de conhecer aqui no Azerbaijão um dos mais ilustres técnicos brasileiros, Luis Felipe Scolari, o Felipão junto com seus jogadores da equipe lusa.

A Seleção Portuguesa veio até Baku para disputar mais uma etapa de qualificação para o Euro 2008, tendo como obrigação levar a vantagem, porque em casa o time teve duas derrotas seguidas, colocando assim em risco a sua colocação para se classificar.

No dia 12 de setembro, Felipão tentou dar um soco no rosto do jogador Dragutinovic ao final da partida entre a Seleção Sérvia e Portugal, disputada em Lisboa. O lance causou uma grande repercussão na Europa, tanto a população como a imprensa não gostaram de sua atitude, fato que levou Felipão a ser julgado pela Uefa.

Inicialmente, o brasileiro havia levado quatro jogos de gancho, mas a pena foi revertida para dois meses (três partidas). Este jogo no Azerbaijão foi o primeiro no qual Felipão se encontrava impedido de ficar até no banco de reservas durante a partida. Seu auxiliar Murtosa foi quem o representou em campo. O jogo aconteceu no dia 13 passado, com presença de cerca de 30 mil azeris e uma torcida calorosa de 100 portugueses apaixonados pela sua seleção.

Na sexta dia 12 de outubro, virei tiete. Saí com meu esposo para participar de um treino aberto aos jornalistas. Conseguimos assistir na íntegra junto com nossos rescentes companheiros portugueses. Em meio a tantos, eu procurava o mais novo rei Cristiano Ronaldo. Queria apenas um minuto de conversa com o meu ídolo Felipão, muito mais bonito que C. Ronaldo. Para minha decepção e de muitas amigas minhas (que vão me apedrejar em pensamento), não achei nada demais nele. Se bem que para as Marias Chuteiras, beleza não põe mesa, e sim a conta no banco.

Mas vamos ao jogo...
O técnico Luiz Felipe Scolari disse em entrevista coletiva concedida na sexta-feira anterior ao jogo, em Baku, que o Azerbaijão, com quem a seleção lusa duelou no sábado, fora de casa, é um adversário forte e poderia complicar a vida dos portugueses na Eliminatória da Euro.

“A Finlândia também não perdeu aqui? Aconteceu o mesmo com outras seleções e o mundo não acabou. É sinal que o Azerbaijão também sabe jogar”, destacou Felipão. “Se não tivermos capacidade para superar este jogo, não será tragédia, simplesmente é porque não tivemos qualidade e o adversário foi melhor, apenas isso”, completou.

Como já era previsto o jogo aqui foi repleto de duelos em campo. Muitas faltas marcadas e agressões físicas, o que não impediu a Seleção Portuguesa de marcar dois gols, um por Bruno Alves e outro pelo talento de Hugo Almeida. Os gols aumentaram as chances da Seleção de participar do Euro 2008.

O time de Felipão ocupa atualmente o segundo lugar do Grupo A, com 20 pontos em onze jogos, a quatro pontos da primeira classificada, a Polônia, mas Portugal conta menos um jogo disputado. Da necessidade de vencer os derradeiros quatro jogos para chegar à fase final, a equipe lusa passou para uma situação em que pode ceder a um empate, isto quando tem ainda dois jogos em casa (Armênia no dia 17 de novembro, em Leiria, e Finlândia no dia 21, no Dragão).

Ainda assim, e diante dos três empates consecutivos cedidos antes da deslocação a Baku (1-1 na Arménia, 2-2 com a Polónia, na Luz, e 1-1 com a Sérvia, em Alvalade), Portugal dificilmente chegará à última rodada com o apuramento decidido.

Se a lógica imperar, a seleção lusa decidirá no Porto a classificação. Quase certo para a Polônia, num “duelo” direto com os finlandeses: Portugal chegará a esse jogo em vantagem se conseguir, pelo menos, quatro pontos no somatório dos jogos de Almaty e Leiria.

Tendo em conta que, pelo meio, a formação nórdica só tem mais um jogo, que deverá ganhar (recebe o Azerbaijão, em 17 de Novembro), a equipe lusa deverá enfrentar o último encontro proibida de perder, sendo que o empate só não será suficiente se a Sérvia vencer os três jogos e Portugal empatar mais algum jogo.

Num grupo A em que os candidatos à classificação têm desbaratado muitos pontos (a líder Polónia já perdeu 12, Portugal 13, a Finlândia 16 e a Sérvia outros tantos), ainda é, no entanto, cedo para fazer contas e o essencial mesmo é começar por vencer em Almaty.

A seleção portuguesa conta por vitórias nos dois encontros com o formação da ex-União Soviética, mas nunca atuou no Cazaquistão (1-0 em Chaves, a 20 de Agosto de 2003, num particular que marcou a estréia de Cristiano Ronaldo, e 3-0 no Bessa, a 15 de Novembro de 2006, já na fase de classificação para o Europeu de 2008).

O conjunto czaque nunca esteve na corrida da fase final, mas já roubou pontos de vários candidatos: começou até por empatar a zero na Bélgica, no primeiro encontro do grupo, e tem como maior proeza o triunfo caseiro sobre a Sérvia (2-1, a 24 de Março).

Em relação ao jogo de quarta-feira, Felipão não deverá fazer grandes alterações no time. Se estiver totalmente recuperado de uma entorse no tornozelo direito, Simão, que já marcou três gols aos czaques (um em Chaves e dois no Bessa) poderá ser a única novidade, em detrimento de Ricardo Quaresma.

Assim, Portugal deverá alinhar com Ricardo na baliza, uma defesa com Miguel, Ricardo Carvalho, Bruno Alves e Paulo Ferreira, um meio-campo com Miguel Veloso, Maniche e Deco e um ataque com Cristiano Ronaldo, Ricardo Quaresma (ou Simão) e o ponta-de-lança Hugo Almeida.

O avançado do Werder Bremen era para ser suplente em Baku, mas se beneficiou da lesão de Nuno Gomes e ascendeu, pela primeira vez, à titularidade, que deverá manter, agora com a concorrência do estreante Ariza Makukula, jogador do Marítimo, que substituiu o benfiquista.

Acho que falei demais, mas mulher também sabe um pouco de futebol, nao só de pernas bonitas e jogadores interessantes, basta estudar... Mas completando minhas amigas brasileiras, Cristiano Ronaldo em beleza pra mim é nota 5.

Já que meu editor chefe está indo para a terrinha lusa. Tentei mostrar como a seleção do país que ele irá desfrutar esta indo com o nosso amado Felipão.
Boa viagem Sat... agora você está mais perto de mim.

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Aline Orlando Ramim, é paulista, casada, brasileira, e nao desiste disto. Sonhadora, vive atualmente em Baku, logo ali no Azerbaijão, na região da antiga União Soviética onde está conhecendo e vivendo coisas que jamais imaginaria. Aline é curiosa ao extremo, mas não é egoísta, por isso compartilha suas curiosidades todas as quintas-feiras aqui.
Fale com ela: alineorlando@hotmail.com


   
 

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